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Entre os dias 10 de março e 5 de abril, o bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza, registrou sete homicídios em meio a uma escalada de violência relacionada à guerra entre facções. A origem do conflito está no rompimento de criminosos da comunidade da Lagoa do Coração com a facção Guardiões do Estado (GDE). Os dissidentes passaram a se identificar como integrantes da facção Massa ou como Neutros, dando início a uma disputa territorial que resultou na expulsão de moradores e sucessivos tiroteios.

A crise de segurança motivou operações constantes da Polícia Militar nas comunidades da região, como o Morro das Placas e a Comunidade das Placas. Nessas incursões, foram apreendidas armas de grosso calibre, drogas, munições e até uma granada artesanal. Em diferentes ações, PMs trocaram tiros com suspeitos; ao menos dois adolescentes foram feridos e dois homens foram presos, sendo um deles acusado de tentativa de homicídio.

Conflitos internos semelhantes envolvendo a GDE já haviam causado mortes nos últimos anos, inclusive com disputas entre lideranças como Júnior Play e Patrícia “Fartare”.

A fragmentação da facção abriu espaço para o ingresso de outros grupos criminosos, como o Terceiro Comando Puro (TCP), oriundo do Rio de Janeiro. Com a intensificação das rivalidades e alianças instáveis, a região segue em estado de alerta, com impacto direto sobre a vida dos moradores.