
O Partido Liberal (PL) deu um passo importante para avançar com o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, ao protocolar, nesta segunda-feira (14), o requerimento de urgência na Câmara dos Deputados. Com o apoio de 262 assinaturas, o pedido supera o mínimo necessário de 257 nomes, apesar de dois deputados terem sido desconsiderados por seus cargos de liderança. A expectativa do PL era reunir 280 assinaturas, mas a pressão do governo levou à mudança na estratégia.
O projeto, que busca isentar de responsabilidades aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e os presos pelos ataques, já conta com apoio de mais de metade das bancadas do União, PP e PSD, siglas com ministérios na Esplanada. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu com ameaças de demissão aos parlamentares da base que apoiarem a proposta, exacerbando a divisão interna do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao protocolar o requerimento, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, expôs ainda mais a pressão sobre os deputados que recuarem, já que a retirada das assinaturas exigiria uma solicitação formal à Mesa Diretora da Câmara. O governo, por sua vez, segue tentando barrar a tramitação do projeto, que poderá ser votado diretamente no plenário se obtiver o apoio necessário.