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O Açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará, está próximo de atingir sua capacidade máxima de armazenamento após 14 anos sem registrar sangria. Com 83,14% do volume preenchido — cerca de 1,612 bilhão de metros cúbicos — o reservatório precisa de pouco mais de 346 milhões de m³ para alcançar o nível do sangradouro. A expectativa é de que o fenômeno ocorra ainda nesta quadra chuvosa, caso se confirmem as médias históricas de precipitação nos meses de abril e maio.

Desde a última sangria, em 2011, o Orós não apresentava um volume tão elevado. No início deste ano, o açude operava com 58,6% da capacidade, mas teve incremento significativo com as chuvas recentes, atingindo a cota de 198,84 metros, apenas 66 centímetros abaixo da marca de sangria. A situação atual é considerada uma das mais favoráveis dos últimos anos, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Em todo o estado, o cenário hídrico também é animador: 41 açudes estão sangrando e outros 22 operam com mais de 90% da capacidade. O volume acumulado em todos os reservatórios do Ceará chega a 52% do total. A última vez que o Orós sangrou foi no dia 14 de abril de 2011 — data que, segundo registros, marca a média histórica do fenômeno.